A campanha do Outubro Rosa já começou, e com ela, a divulgação de informações para conscientização e prevenção do câncer de mama. Apesar de o assunto ser debatido o ano inteiro, já que o câncer de mama é o tipo da doença que mais mata mulheres no Brasil, esse mês se torna especial principalmente pelo foco nas informações e a mobilização de órgãos de saúde, instituições, empresas, grupos de apoio e a imprensa.

Receber a notícia de que está com câncer nunca é algo fácil. Apesar dos tratamentos e as chances de cura no caso de descoberta precoce, a doença é grave e pode ser associada à incerteza do futuro ou até mesmo à morte. No caso do câncer de mama, há o agravante de a região estar ligada diretamente à sexualidade e feminilidade da mulher, podendo interferir diretamente em sua autoestima e confiança.

Um dos sentimentos frequentes, principalmente no início do processo, é o medo: da morte, da rejeição, do futuro. E isso requer atenção, afinal, segundo o psiquiatra Joel Rennó, coordenador da Comissão de Estudos e Pesquisa da Saúde Mental da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em entrevista à Agência Brasil, uma a cada quatro mulheres com câncer de mama pode desenvolver o quadro de depressão.

No entanto, é possível passar por essa fase difícil com a saúde mental fortalecida, de modo que a paciente possa reduzir seu sofrimento emocional e focar em sua recuperação. E a família, os amigos e todas as pessoas que fazem parte de seu ciclo de relacionamentos têm um papel fundamental nisso.

 

Como ajudar nos cuidados da saúde mental?

O ideal é que a paciente e sua família já possam contar com um apoio de um profissional da psicologia ou psiquiatria a partir do diagnóstico. Afinal, ele poderá auxiliar nas dúvidas e oferecer ferramentas terapêuticas que orientam de forma saudável a caminhada nesse momento. Por isso, sempre apoie a paciente ao buscar a ajuda especializada.

 

Apoie a paciente a trocar as suas experiências e conversar com outras pessoas que passam ou já passaram pelo tratamento de câncer. É comum que haja grupos de apoio presenciais ou online para que a mulher não se sinta sozinha nesse momento, entendendo que é uma fase e que não é a única a passar por algumas situações comuns do processo.

 

Como a autoestima é uma das áreas mais afetadas durante o tratamento, principalmente em casos onde ocorre a mastectomia (cirurgia de retirada da mama), pessoas próximas podem incentivar a paciente a resgatar hábitos que a faça se sentir bem consigo e bonita.

 

É importante ouvir e buscar entender as angústias e dúvidas da paciente. Muitas vezes, ela apenas precisa de um familiar ou um amigo para conversar, falar sobre a vida e seus anseios. Se você, enquanto familiar e amigo, sente que não consegue, abra espaço para orientar seu ente a buscar ajuda psicológica, pois uma boa rede de apoio é fundamental!

 

O tratamento ao qual a paciente se submete pode ser cansativo e debilitante. Por isso, é importante que os mais próximos possam auxiliá-la em sua rotina, diminuindo assim sua carga mental. Muitas vezes, ajudar em pequenos atos como deixar a casa organizada ou fazer uma comida saudável e gostosa podem trazer muito conforto à paciente.

 

Ter momentos de descontração e diversão é um grande diferencial para manter a saúde mental em dia. Por isso, sempre convide a paciente para passeios, uma caminhada, e caso não seja possível por conta de sua saúde, faça programas dentro de casa, como uma sessão cinema, um SPA entre amigas ou uma reunião com a família. Sentir-se amada e acolhida pela rede de apoio vai ajudá-la a se refazer. Pequenos gestos fazem toda diferença!

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