Por mais que o nome pareça assustador, as doenças psicossomáticas estão mais presentes em nosso cotidiano do que podemos imaginar. Até porque, muitas vezes, o desconhecimento sobre o tema pode levar a uma jornada longa de exames clínicos no corpo físico, enquanto a causa da dor pode ter tido início na mente.

Sim, a sobrecarga mental pode adoecer o corpo físico! Quando por algum motivo a mente não dá conta de lidar com situações conflitantes e estressantes, e esse evento permanece constantemente promovendo desconforto, o corpo pode passar a ser o receptáculo daquela dor.

As desordens emocionais afetam o funcionamento dos órgãos do corpo, gerando aspectos de problemas relacionados à saúde corporal, como dores na coluna, cabeça e estômago, inflamações, dentre tantas outras possibilidades.

Também podemos nomear esses quadros como somatização ou transtorno somatoforme. Além dos sintomas já citados, há outras manifestações comuns: respiração rápida ou falta de ar, suor excessivo, enjoos, boca seca, dor no peito ou nas costas, sensação de nó na garganta e até manchas na extensão da pele.

Não há uma regra para qual sintoma determina o quadro psicossomático ou se o paciente deve sofrer com mais de uma dessas condições. Assim como outras situações da psiquiatria e psicologia, as doenças psicossomáticas atingem os indivíduos de formas distintas.

Por exemplo, alguém que tenha gastrite pode ter uma piora nos sintomas por conta do aspecto psicossomático; assim como quem sofre com tensão muscular ou cãibras constantes e percebe, em determinado período de tempo, uma intensidade nos desconfortos.

Como as doenças psicossomáticas acontecem e quais as causas?

Essas manifestações acontecem porque a ansiedade e estresse geram um aumento na atividade nervosa do cérebro, o que também resulta em uma elevação nos níveis de hormônios no sangue, como cortisol e adrenalina.

Outros órgãos são afetados justamente por estarem ligados ao cérebro e ao sistema nervoso. Intestino, coração, músculo e estômago costumam ser os mais afetados durante um pico de ansiedade.

Quando esses acontecimentos se tornam constantes, o paciente pode até mesmo desenvolver outros problemas crônicos relacionados a essas funções do corpo. É por isso que a intervenção profissional nesses casos é tão necessária.

Em relação às causas, pode-se dizer que não há um único fator que leva alguém a desenvolver um distúrbio psicossomático. Atualmente é muito comum haver pressão em todos os setores da nossa vida, desde construir uma boa carreira profissional até manter uma estabilidade no âmbito amoroso e familiar.

Esses fatores influenciam a todos e podem afetar algumas pessoas mais do que as outras. Traumas do passado e quadros clínicos de outros transtornos mentais (depressão, bipolaridade) também estão na lista das principais causas, as quais frequentemente não são identificadas ou tratadas.

Será que você tem doenças psicossomáticas?

É preciso lembrar que o diagnóstico de doenças psicossomáticas só pode ser dado por um especialista após exames físicos e laboratoriais, para descartar outros possíveis quadros relacionados aos sintomas.

Por isso, é de extrema importância que o paciente busque ajuda e, com a análise de um psiquiatra ou clínico geral, exclua a possibilidade de outras doenças. Depois desse passo, é possível iniciar o tratamento voltado para os transtornos psicossomáticos.

As intervenções para esses casos são realizadas de duas formas: alternativas para lidar com os sintomas físicos e outras para tratar exclusivamente o fator psicológico, a real causa do distúrbio.

O médico responsável pode prescrever remédios como anti-inflamatórios, analgésicos e até antidepressivos ou ansiolíticos para aliviar as dores físicas. Já para cuidar das emoções, é importante o acompanhamento psicoterápico e, dependendo do caso, a hipnoterapia pode auxiliar a aliviar a tensão de marcas e mágoas do passado, ajudando o organismo como um todo a se regular.

Outras ações paralelas são bem-vindas se surtirem efeitos no paciente, como realizar atividade física, que costuma trazer mais qualidade de vida. Essas possibilidades podem ser conversadas diretamente com o responsável pelo atendimento.

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