O feriado de Finados está próximo (2 de novembro), data em que muitas pessoas relembram de seus entes queridos já falecidos, através de orações especiais, visitas aos cemitérios ou outras homenagens.

Nem todas as comunidades cultuam o dia, mas é inevitável que a morte esteja presente em todas as culturas. Além disso, nem sempre nos identificamos com a forma com que nossa sociedade lida com a morte, por isso que o luto é um processo tão individual, assim como a superação em si.

Por exemplo: velórios e enterros podem não ser o ideal para alguns indivíduos, que se sentem mal nesses ambientes por serem mais sensíveis ou por quaisquer outros motivos. Não existe uma única regra para encarar o luto e todo o processo que vem após esse acontecimento.

 

As fases do luto

É popularmente conhecido que o processo de luto tem cinco estágios, de acordo com a psiquiatra suíço-americana Elisabeth Kübler-Ross. Todas essas fases são compostas pela elaboração dos sentimentos, onde o sujeito pode ficar mais recluso e até fechado para o mundo externo, ou então, se expressar ainda mais.

O que se assemelha em todos os casos é o sentimento da perda, o qual é trabalhado por cada um. É natural que a ajuda psicológica, de amigos e familiares estejam presentes nesse período, o qual não tem um tempo cronológico determinado.

 

Pode-se dizer que é como um “para-choque” para a pessoa, onde a primeira reação é a negação – que pode se manter por tempo indeterminado. Aos poucos, é possível notar uma prévia da aceitação do ocorrido, mas ainda assim não se sabe como o enlutado está se sentindo e como pode reagir ao evento.

 

O inconformismo torna-se presente no dia a dia do indivíduo. Questionamentos começam a aparecer, como duvidar de qualquer momento de otimismo, crenças e até perguntas como “por que ele e não eu?” ou “o que ele fez para merecer isso?”. A raiva e outras emoções semelhantes acompanham o sujeito nesse estágio.

 

O enlutado passa a fazer negociações consigo mesmo ou entidades divinas na esperança de mudar o que aconteceu. A pessoa tem consciência de que é impossível reverter essa situação, mas as emoções e sentimentos ainda gritam a falta do ente querido.

 

Após a realidade provar que não existem negociações, a fase da depressão se inicia. Nem todos os indivíduos desenvolvem o quadro clínico, mas quando isso ocorre, é necessária intervenção psicológica ou mesmo psiquiátrica. O sujeito passa a apresentar os sintomas, como crises e até desapego à família e bens materiais que possui.

 

O último estágio pode não ser permanente, até porque a saudade continuará existindo. Mas a aceitação é descrita quando o enlutado consegue retomar a qualidade de vida, mesmo na ausência da pessoa querida. Através de apoio profissional, familiar e amizades, é possível lidar com o luto e alcançar o estágio da aceitação.

Na hipnoterapia também trabalhamos com questões que envolvem diretamente as fases do luto! Perdas repentinas, inesperadas e dolorosas podem deixar grandes marcas. Olhando para o nosso inconsciente e tudo o que pode estar guardado lá, podemos abrir espaço para nos refazer. Buscando o bem-estar do paciente e pelo melhor caminho para alcançarmos a superação. Muitas vezes é preciso se dar a chance de se levantar.

 

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